
Milton Erickson, (Milton H. Erickson, M.D. - 1901-1980) é considerado
o maior hipnotizador de todos os tempos e tinha a fama de conseguir
induzir o transe hipnótico a qualquer pessoa. Realmente, todos os
que o viram trabalhar, puderam observar a veracidade disto.
Ele tinha muitas técnicas que adaptava a cada paciente.
Não haviam para ele técnicas padronizadas que servissem
para todos os casos. Erickson quando tinha 17 anos, contraiu
paralisia infantil, sendo obrigado a permanecer quase toda sua
vida em uma cadeira de rodas. Apesar disto, usando sua voz e
poucos gestos, conseguia levar as pessoas ao transe hipnótico.
Terminou seus estudos em psiquiatria e psicologia em 1929.
Logo concluiu que os métodos então usados para tratar os pacientes,
eram muito lentos e, no seu entender, pouco eficientes.
Ainda não havia o arsenal de medicamentos hoje usados em
psiquiatria e ele Interessou-se logo pela hipnose começando a
desenvolver seus próprios métodos e técnicas. Ele deixou
poucos escritos e se preocupava com as pessoas que tentavam
banalizar suas abordagens terapêuticas, temendo que assim
pudessem ser deturpadas e mal aplicadas.
Na hipnose tradicional, observa-se que existem pessoas
hipnotizáveis e outras que não conseguem entrar em transe,
por mais que o hipnotizador se esforce. Isto se dá porque
as pessoas não gostam de se sentir controladas. Geralmente,
elas preferem sentir que não estão sendo forçadas a nada ou que tem várias opções a escolher.
Muitos psicólogos e psiquiatras, estudaram os métodos de
Erickson a fim de tentar descobrir um padrão que pudesse
lançar alguma luz as suas curas aparentemente milagrosas.
Quando se perguntava a ele sobre sua técnica terapêutica, ele
geralmente respondia que não sabia explicar. Apenas se preocupava
em observar o cliente e segui-lo, fazendo-o que não se desviasse do caminho.
Foi a partir da observação de seu trabalho, que pôde-se descobrir
muita coisa de seu modo de fazer terapia. A partir dessa observação,
John Grinder e Richard Bandler (1), Gregory Bateson, William H. O’Hanlon,
Ernest Rossi e outros, desenvolveram a Programação Neuro Lingüística
que é considerada uma entre as diversas tentativas de sistematização dos métodos de Erickson.
Na abordagem hipnótica Ericksoniana, procura-se não
introduzir qualquer conteúdo na indução, de modo que o
próprio sujeito tenha a liberdade de escolher o tipo de experiência
que quer ter. Desse modo, o hipnólogo, não corre o risco de
introduzir sugestões que possam atrapalhar o aprofundamento
do transe e elimina qualquer possibilidade de resistência, já que o
paciente não se obriga a aceitar as sugestões. Na hipnose tradicional,
geralmente é sugerido muito conteúdo que as vezes pode se chocar
com as opiniões e fobias do sujeito. Como exemplo, com um cliente
que tenha fobia por água, quando você sugere que ele está mergulhando
em um lago, ele pode entrar em fobia e sair do transe.
De acordo com Erickson os pacientes já tem em seu inconsciente
todos os recursos necessários para resolver seus problemas e o
terapeuta tem apenas que fazer com que eles entrem em contato
com estes recursos. Erickson também procurava não entrar em choque
com as crenças e opiniões do paciente. Ao contrário, usava qualquer
coisa trazida pelo cliente para induzi-lo ao transe. Preocupava-se
também em deixar opções ao paciente, para que ele não se sentisse
forçado a nada, o que é a maior causa de resistência. Por isto, usava
palavras de permissão como, você pode e talvez.
Ao invés de se dizer: você está vendo um lago, usa-se você
pode estar vendo algum lugar muito relaxante.
Desse modo, o sujeito não se sente pressionado a adaptar
sua experiência à sugestão de um lago mas pode estar se vendo
em um ambiente que para ele em especial é muito relaxante.
A hipnose Ericksoniana, exige do hipnólogo um grande treino
na observação das chamadas Pistas não verbais, como
pequenos movimentos dos olhos, posturas corporais, expressões faciais, etc.
Ele pode assim, adaptar sua linguagem, seus gestos e expressões, ao
modo particular do cliente, preferindo sempre usar palavras do canal
sensorial preferencial dele (Visual, Auditivo ou Somático) e até imitar
seus gestos e posturas de modo sutil para que não seja
interpretado como uma grosseria. A isto se denomina
Acompanhamento e Espelhamento. Pode-se também
acompanhar o ritmo respiratório do cliente,
falando quando ele inspira e intervalando a fala quando ele expira.
O hipnólogo permanece o tempo todo sintonizado no cliente,
acompanhando suas reações, validando qualquer experiência
que esteja percebendo, e reforçando tudo que observa.
Dá apenas sugestões que tenha a certeza de que não entrarão
em choque com a vivência do sujeito. Assim, só se fala em aprofundar
o transe, quando é possível perceber sinais não verbais de que ele está entrando nele.
A hipnose, de forma geral, conduz a um estado alterado de consciência,
causado por sugestões de relaxamento, calma e bem estar. Ela também
pode auxiliar na melhoria dos níveis de comunicação e aprendizagem.
O processo de hipnose segue padrões éticos, como consentimento do
indivíduo que passará pelo processo e o respeito à sua privacidade.
O diferencial da Hipnose Ericksoniana é que ela é adaptada à realidade
individual apresentada pela pessoa atendida, levando em consideração
seus interesses e desejos, respeitando seus limites. Milton H. Erickson,
criador do método, tinha profundo respeito pela individualidade das pessoas.
Neste processo de indução a outro nível de percepção, o consciente
e o inconsciente do indivíduo ficam mais receptivos a obter
aprendizados profundos e a vivenciar as sugestões (não imposições)
do especialista que lhe atende , de modo que a pessoa tenha a liberdade
de escolher o tipo de experiência que deseja ter.
A abordagem da Hipnose Ericksoniana se adequa à personalidade do
cliente, dessa forma, o especialista deve ser aberto e brando em seu
modo de lidar com o indivíduo que atenderá. Assim, a mente inconsciente
responde com autenticidade, pois nesse estado, a pessoa se conecta
com sua essência e sabedoria interior.
Por isso, o especialista em Hipnose Ericksoniana deve apenas
criar o ambiente propício à indução do estado de transe, pois na verdade,
é a vontade do cliente que direciona a forma como a hipnose será conduzida.
Portanto, este tipo de abordagem de hipnose facilita ao
indivíduo chegar a níveis mais profundos de autoconhecimento
e aprendizagem, proporcionando descobertas a respeito da vida
e quebra de padrões que atrapalham o desenvolvimento individual,
pois ao se encontrar com sua essência interior pode utilizá-la
para evoluir e transcender os desafios do dia a dia.
Permita-se ir além utilizando o Coaching Ericksoniano
em seus processos comunicacionais, e obtenha cada vez mais
Resultados Extraordinários em sua carreira.